Posts Tagged 'certeza'

Grosseira piada

I

Única coisa que acaba, nada

estando escondida, a descoberto

é gargalhada, que desafinada

fundo não finda, lá muito bem certo

Porque quem ri, da grande palhaçada

depois de dizer grosseira piada

mais triste será quem não a percebe

achando rindo, que foi engraçada

Os palhaços sempre são necessários

Os ouvintes serão seus operários

Só fazem o que lhes mandam fazer

Há palhaços lá no poleiro alto

falhados que querem, voar mais alto

nem vêm que o fim, é sempre morrer

II

Caindo o pano, sobre a tragédia

acabaremos com a brincadeira

Faremos dela tão grande comédia

que a cidade, será grande feira

Sem nada para encher a carteira

plástico ou papel, é indiferente

com fome sacamos da prateleira

dos hipermercados do Continente

Amorins, Soares Santos, Belmiros

e Mellos que todos, são muito giros

pessoas com tudo, nada nos dão

Tirando-nos a vontade em viver

Não muito tarda, irá acontecer

Que ricos serão, também no caixão

Sessão de autógrafos do autor do “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” Pedro Nunes, o B)’iL [o Bólice]

O Bólice, Pedro Nunes [ o B)iL  ] autor do “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” estará presente no dia 6.5.2012, das 16h às 17h, à semelhança das edições anteriores, dentro do “Espaço dos Pequenos Editores”, na Feira do Livro de Lisboa, para uma sessão de autógrafos.

O autor d’a gregântica pena da agnóstico’anárquica espiritualidade, reserva a obra em todos os seus direitos… porque nos esquerdos também…

a gregântica pena da agnóstico'anárquica espiritualidade       

                                                                           

Introdução à obra

Caros Amigos, distintos membros de imprensa, senhoras e senhores.

Passar a mensagem é com certeza o que se quer, quando se escreve, e, principalmente quando se publica.

O Bólice descobriu este prazer há uns poucos de anos e só agora com esta idade, é que se atreveu a publicar o que pensa, sob a forma de manifesto em prosa e poesia e deu-lhe o nome de prosa pó’Ética.

É uma forma artística, um termo em figura de estilo artístico. A arte é manifesto, a arte é mensagem.

 

O Bólice

Sou profundo, pois sou. Eu sou isto e aquilo, aquele e aqueloutro. Mudo com a lua, sei lá. Não sei ser de outra maneira! Posso ser o que quiser. Sou pedra de sal, mar d’água. Madeira da árvore e folhas. Os galhos são a minha família. As raízes nem sei de onde vêm mas também por agora pouco interessa. As folhas essas, algumas, que são poucas e que nunca chegam a cair. Como as da oliveira. Folhas duras de pequenas que são. A quem eu já peguei fogo e fiquei arrependido. Mas que secaram como da madeira ao carvão e ficaram marcadas para sempre, escritas pelo seu próprio carvão. Com história. Com a vida escrita na sua arborescência. Sou livre de o ser e também vergo com essa idade. E vergo, pois, porque o ar também tem o seu peso. Mas um peso que fica leve com a vontade. O vento é o peso da vontade. E com vontade de ser, eu sou assim. Lucidez de luz intermitente, compassada e determinada. Sou o vento e dou-o de vento em popa. Tal qual copa da árvore lá no alto, redonda de imperfeições e que abana. Estou aqui e vou aqui, porque caminhando vou ali. Se não me dirigir àquela porta na atitude de a abrir, ela certamente não se abrirá sozinha. Se olho no espelho da vida assim bem vejo. Quando não gosto é porque não estou a ver bem. E por mais que tente lá chegar, a distância tem sempre outra metade da distância percorrida a percorrer. Há sempre mais a outra metade da distância a percorrer. E depois? Continuo. Continuo a percorrer o afastamento do ponto de partida, do espaço da existência, convicto que irei chegar ao destino. Esse é definitivamente infinito, sabendo perfeitamente que nunca se chega ao seu fim. Porque afinal o que gosto mesmo é de percorrer a textura do intervalo. Esse momento, que guardo com carinho e paixão. Paixão que vivo intensamente. E choro. Choro de alegria ao ver que cada passo que dou é mais um metro de conquista.

A conquista do comprimento que tem o amor. Aquele amor que nunca me deixa triste. Aquele amor que nunca me envergonha. Só me enaltece mais ainda. Sim, porque amo com verdade aquilo que ando a fazer. Vocês não? Não amam o que fazem? E porque não hão-de amar? Porque não hão-de também querer que a vossa vontade seja igual à minha? Ou até maior! Basta querer para ser aquilo que se quer ser ou ser o que se é. Pois então que o sejam, meus amigos. Muito obrigado por serem quem são. São vocês que me ajudam a ser assim. Bem hajam, mais uma vez, que não me cansa. Porque resistir é vencer. “Assim seja” 

 

Cabelos Brancos

Cabelos brancos são sabedoria

Preserva-los, é personalidade

Vitalidade só tem harmonia

Quando amamos a nossa idade

 

Aprender a amar, nunca é tarde

Se amas, eu amo, é a verdade

Sentimento deste coração arde

Reconhece essa necessidade

 

Se há, duas coisas bem diferentes

Uma delas é ser velho e estragado

Outra, ser antigo mas preservado

 

Ambos são conceitos e são parentes

Ignorância mantém o defeito

Sabedoria merece, respeito

 

A Arte na Literatura

A literatura é uma forma de arte e neste meu caso particular, se são muitos ou poucos os que a vão ler, ou se é má ou boa a mensagem, isso já vai além do que eu ou alguém possa julgar, ou achar que o seja. O fazer, o publicar, já são atitudes que se devem ter. Pelo menos, não nos arrependemos de o não ter feito, devendo-se para isso ter o cuidado e consciência no conteúdo e no propósito dessa mensagem. Partilhar é o principal propósito da mensagem.

Das palavras às acções, podem-se ter infinitas distâncias, ou até nenhumas. E como é que isto se compreende? Se por ventura o que escrevo o não faço, no mínimo é como o velho ditado do médico que diz ao paciente, faz o que eu te digo, mas não faças o que eu faço.

Há sempre nisto um lenga-lenga medonha e chata, mas não é por isso que se deva desistir em tentar transmitir positivamente por palavras os nossos sentimentos. É nelas que existe a eterna mensagem. Resumindo, sugiro que se tenha em conta que quando se aponta o dedo a alguém, esse dedo é virado para nós.

“Já dizia o velho ditado dos nossos avós. A culpa é sempre dos outros e os outros somos nós.”

Esta é uma verdade em que acredito. Mas toda a verdade depende do seu espaço – temporal. A memória ou seja a história guia-nos e dir-nos-á o caminho. E uma coisa é certa, a verdade, ela existe mesmo para além da nossa compreensão, o que faz dela um valor incalculável. Mas o que é verdade afinal?!

 

Abrilada

Abril de Otelo, grande parada

Rumam fileiras na grande jornada

Benditos capitães, tropas em cacho

Maia renite apagar o facho

 

Querida liberdade alcançada

Demite papões temendo já nada

Cravam cano, travam tiro unido

Bradam povo jamais será vencido

 

Logo à pátria eles submetem

Meio cavaco aponta fuzil

Encarcera companheiros d’Abril

 

Grande estratega todos subvertem

Acusado, apagado, é triste

Verdade não dizem, ela existe

 

A Verdade

O sua antítese, o “falso”, também é uma verdade. Por isso tudo leva a crer que apenas a verdade é um facto consumado e o que é falso será sempre forjado doutra verdade. A prova está em que, as coisas são como são e nunca como nós as vemos ou muito menos como as queremos ver. Pois cada qual a vê na sua medida e perspectiva.

Para isso é necessário conhecimento. Para se ter conhecimento é preciso ter uma boa e acompanhada educação para uma boa formação de carácter individual. A educação é um conceito a que eu dou muita importância. Sendo eu o humano mais pequenino na terra, sinto-me um privilegiado em poder exercer esta minha vontade de pensar e comunicar, da melhor forma que sinto e sei, tentando assim dar o meu melhor.

É dando que se mostra o que se vale. Eu nem estou aqui para vos dar nada, mas sim, para vos vender um livro. Por isso neste tipo de sistema em que vivemos valho muito pouco e quem dá o melhor que tem a mais não é obrigado.

Somos todos iguais nas nossas diferenças e isso é difícil de aceitar. E assim se atribui o valor às coisas, aos conceitos e aos sentimentos.

A natureza segue uma ordem anárquica e tende sempre a equilibrar-se. Essa ordem é justa e daqui ninguém sairá vivo.

Por isso será uma ordem de ideias justa, o que aqui estou a dizer?

Romain Rolland, Francês Novelista, Biógrafo, Compositor e Musicólogo dizia:

 

“Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.”

…  a isto chamo simplicidade e pureza …

por isso, não te deixes corromper

porque viver não custa

custa é… saber ver viver

mantenho esta minha busca

mesmo que seja uma dureza

porque… resistir é já, vencer …

Sou um agnóstico’anarco-panteísta, por isso reservo todos os meus direitos … e os esquerdos também …

Direitos reservados… e os esquerdos também

Liberdade sim, mas porquê saudade ?

quanto mais gosto de ti, é de mim

que mais sinto nesta minha vontade

de criar cá de dentro esse fim

 

P’los teus e p’los meus, estou na vanguarda

preparado p›ra saltar esse muro

da vida, espiral manifestada

liberdade, afincado futuro

 

Não sei crer, mas anseio derradeiro

que este mundo mesmo desordeiro

tem-se na forma de ser sempre certo

 

Eu me reservo nos direitos, canhoto

nos esquerdos, tenho o mesmo afouto

de ter essa liberdade por perto.

 

Pedro Nunes o Bólice  [ B)’iL ]

É sobre estes princípios, de que se trata esta minha pequeníssima obra.

Nada dela poderá mudar os malefícios do mundo, mas pelo menos tenta ajudar a melhorá-lo.

Só quero aqui deixar mais uma ideia… uma verdade minha …

Uma grande verdade … um pensamento contundente …

… o mundo é nosso e ninguém nos deu … nós é que o, usurpamos …

 

ABRÇs e BJÑs                                                                                                                                             do  B)’iL


A luz da vida

Quero lá saber que a vida dure !

O que quero dela é simples – estar –

Não há destino que dela me empurre,

nem há dela, quem me faça voltar.

A vida é uma, só quero isso.

E não preciso de ter mais nenhuma.

Para ficar a dever ? Compromisso ?

A outra vida, ou coisa alguma ?

Só faço parte desta natureza.

Vivo com ela, tenho certeza.

O lugar é aqui, não na penumbra !

Tenho força em toda a fraqueza.

Vejo na luz, com tão pouca destreza.

Tudo, o resto, quer que eu sucumba.

B)’iL

Image

Dedicatória… ao Uni’verso…

Olhas-me…

e o vento levanta

Queimo…

e todo me arrepio

é tamanho calafrio

de vontade tanta, tanta !

Paixão…

maior é o desejo

Enorme…

tua singular beleza

o que sinto por ti, vejo

se quero ? tenho a certeza !

do Olhar…

que me aquece o desejo

da Paixão…

centelha, outra certeza

expandir ao primeiro beijo

…nesse gás , da tua firmeza !

 HZ

AoSol’ÉqueSeEstáBem…_Rosto

Sobre… o “AoSol’ÉqueSeEstáBem…” e o autor

Algures entre a felicidade e uma máquina infernal

Uma viagem conceptual à catedral da (minha) vida. Quanto mais ela sobe, mais difícil se torna respirar. Lá no alto a vista é bela. Mas o que é beleza, afinal? É ver-se tudo muito pequenino? Não, eu gosto de apreciar o pormenor. Gosto de saborear os relevos – as “relevuras” – dos caminhos, das passagens e das passadas.

Gosto de andar a pé e deparar como no solo as coisas mais pequenas, são as mais belas de todas. E não tenho medo de ir ao fundo. Porque o fundo é a minha verdadeira essência da vida. Toda ela é a minha água, as minhas lágrimas… as tristes e as contentes. E gosto muito dela.

Pedro J. Nunes dos Santos [ o B)’iL ], artista-músico-percussionista-e-poeta, aspirante ao curso de Estudos Gerais das Artes da Universidade de Lisboa, admirador de história e filosofia [actualmente finaliza o 3º ano da licenciatura em História da Arte na FLUL; (add in 18Out2014)], brinda a vida quotidiana com textos satíricos e sonetos de amor e humor, cáusticos.

Ele É’letri’cista. Trabalha com as letras ligando-as umas às outras, numa escrita “após’trófica”, “hífen-isada” e pausada… no silêncio musical das “recti’essências”.

Na escrita… ele encastra o seu imaginário simbólico de entendimento metafórico e alegórico, alicerçado na inovadora forma de comunicação. A escrita e leitura da “blogo’esfera”, sitiada na recente e usual World-Wide-Web, no vulgo, net ; a rede.

Esta edição de autor, procura por todos os meios e não meios, a reserva de todos os direitos… e dos esquerdos também. Porque a vida é bela, mas também pode ser horrível se assim o quiserem. Pessoalmente, prefere vivê-la ao máximo. Passar a mensagem, é com certeza o que quer quando escreve, e, principalmente quando o publica. Se são muitos ou poucos, os que a vão ler, ou se é má ou boa… isso já vai para além do que ele ou alguém, possam julgar, ou achar que o seja. O fazer, o publicar, já são atitudes que se devem ter. Pelo menos, não se arrepende de o não ter feito.

E porque este poeta, é também um bom ladrão, todas as suas emoções e utopias são vividas e tendem em ser partilhadas, com o gosto pelo prazer de serem vividas. Quando assim não acontece, é bom na mesma. Porque o que pode ser mau trazer-lhe-á algo de bom, o que certamente o fará mais forte e conhecedor. Por detrás de um poeta, está um observador, ou melhor, um pensador… um idealista. Ou um idiota, se assim lhe quiserem chamar!

E obviamente, resumindo tudo isto … porque resistir, é vencer.

Pedro Nunes o B)’iL

AoSol’ÉqueSeEstáBem…